dc.description.abstract | O patrimônio vernacular, enquanto memória da história da cidade e de sua arquitetura, não tem sido reconhecido, no Rio Grande do Norte (RN) e em Natal/Brasil, o que é reflexo de uma conjuntura regional e nacional. Entende-se esse patrimônio como os conjuntos edificados populares, expressão da arquitetura não erudita, operária e de segmentos sociais cujas construções são em geral consideradas comuns. A valorização da arquitetura vernacular inicia-se a partir de revisões teórico-conceituais de fins do século XX, que ampliaram a discussão sobre o patrimônio edificado. No intuito de contribuir para o preenchimento da lacuna deixada na identificação e proteção desse patrimônio vernacular em Natal e no Rio Grande do Norte,a disciplina Projeto Integrado V – que inclui Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo – da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se propõe a reconhecer e trabalhar com essa temática. Para tanto, nos últimos anos, bairros de Natal localizados fora do centro histórico reconhecido, foram escolhidos para serem estudados, ou mesmo outras cidades do estado que apresentam, além do patrimônio erudito, uma expressão relevante da arquitetura vernácula de diferentes períodos. A disciplina identifica, cataloga e faz propostas de reuso e de proteção do patrimônio edilício considerado significante, bem como do espaço onde está inserido e da paisagem que o compõe. O artigo se propõe, portanto, a analisar a experiência daquela disciplina e contribuir para a construção conceitual de patrimônio vernacular local. Para isso, aborda as últimas três experiências – Petrópolis/Tirol, Alecrim e Ceará-Mirim – e discute os resultados apresentados pelas equipes discentes. Além de uma breve revisão conceitual sobre os temas centrais aqui enfocados, o material utilizado para o artigo foi essencialmente o produzido na disciplina (inventários, planos de proteção e propostas projetuais). | pt_BR |